Exposição de Escultura.
No próximo sábado, dia 02 de Novembro inauguramos a exposição de Escultura do artista Silvio Fiorenzo.
Esta exposição reflete o percurso individual do artista e é uma síntese concisa da intensidade da vida quotidiana; no fundo, o artista apresenta a sua visão sobre a arte e, neste caso, os temas trabalhados, mesmo os mais simples, ganham uma nova dimensão.
As nove instalações representam, de facto, diferentes modos de restituição da realidade, em que é o espetador que assume o papel dinâmico de guia-transportador numa viagem que, ao longo do percurso, enriquecesse com a introspeção.
A escolha deliberada de criar as esculturas com um complicado entrelaçamento de fios metálicos torna-as lugares de exploração e descoberta, energizados por súbitos lampejos de cor que, através do azul-claro, do rosa e do amarelo, contribuem para descrever e definir objetos tridimensionais (Vespa 150) e silhuetas humanas, transformando-as em modelos exemplares de uma condição (Bacio), de um estado (Relax 1 e 2), de uma forma de estar (Volo). (…)
Monica Paggetta
Um Convite para reaprender a arte. Pela surpresa e fantasia. Pelo anti-convencional do material e da forma. Mas também pelo rigor profundo da estética.
A escultura de Silvio Fiorenzo explora uma nova linguagem em que a rudeza do arame ousa transmitir sensibilidades delicadas. Amor, sensibilidade… ou tão simplesmente a beleza como fim absoluto.
Neste Universo de escultura sem peso, translúcida e pictórica, que interage com a paisagem, a luz, o vento e a perspectiva, o autor transporta-nos para um espaço de fantasia, estimulando imaginários. Como se cada peça fizesse parte de um teatro de magia, aparecendo e desaparecendo para dar lugar às outras, por isso, são apenas diferentes manifestações de uma mesma essência.
Central na obra de Fiorenzo é a ideia de movimento e liberdade.
As suas “peças personagem” são filhas do elemento ar, mais do que da terra e é nesse plano de suspensão que adquirem a sua verdadeira personalidade. Com a sua faceta multidimensional, esta escultura rejeita olhares estáticos, convidando à permanente redescoberta.
E é, inequivocamente, uma voz alternativa.
Carla Aguiar – jornalista