Nasceu em 1982 e fez a sua primeira exposição em 2004, na sala de exposição da Escola Universitária de Artes de Coimbra, escola onde completou a Licenciatura em Pintura.
Realizou, até à data, 26 exposições colectivas e 11 mostras individuais.
A sua obra foi distinguida, em 2005 e em 2007, com uma Menção Honrosa no Prémio Aveiro Jovem Criador; em 2006 venceu o Primeiro Prémio do Aveiro Jovem Criador. Recebeu, ainda em 2006, uma Menção Honrosa na Bienal de Pintura de Penafiel.
Exposições recentes:
2007 – Colectiva de Natal, Galeria São Mamede, Lisboa; Arte Lisboa, Feira de Arte Contemporânea, Lisboa; Bienal de Cerveira, Vila Nova de Cerveira; Bienal de Coruche, Coruche; “Confrontos”, Biblioteca Municipal Santa Maria da Feira; “Registos Banais”, Teatro Municipal da Guarda.
A singularidade da pintura de Elizabeth Leite é que coloca uma primeira aparência de encenação ao serviço de uma complexa figuração de forças e de movimentos. Quero dizer: onde o olhar mais impaciente encontra um espaço interior familiar em graus diferentes de intimidade, o que nesse plano de fruição não é errado, outros olhares verão, nessa mesma cena, e no excesso dos corpos e no grito das cores e na energia do próprio gesto da pintora e na expressividade dos objectos, um mundo em estado de reconfiguração permanente, ora apaziguamento e serenidade, ora tenção, ora limiar tranquilo de violência e de crimes.
Elizabeth Leite não pinta o mesmo momento desse devir (mundo, visível). Pinta os tempos desse devir e “a secreta loucura, os saltos de imaginação e de humor, o medo da morte, as coisas inexprimíveis” (António Lobo Antunes) que estão imanentes, mas disfarçadas, na aparente normalidade das existências e nas situações que parecem não ter “mistério”.